Há 20 anos, empresas de
tecnologia anunciaram uma nova revolução nos meios de comunicação, liderada
pelas mídias digitais. Desde então a internet passou por diversas
transformações. Os sites de busca mudaram a forma como as pessoas procuram
por informações, as redes sociais criaram novas dinâmicas entre os usuários,
no entanto o fim da televisão e a migração do público e dos investimentos
para o digital não aconteceu como o esperado. Em Televisão é a nova
televisão, Micheal Wolff destaca que embora a tecnologia tenha criado novos
suportes, o conteúdo audiovisual disponível em tablets, smartphones e
computadores tem o mesmo formato dos programas de TV.
Wolff analisa como o modelo
de negócios da TV está consolidado e a mídia digital ainda está em busca de
formatos que atraiam grandes anunciantes. Além de discorrer sobre a questão
do financiamento da produção do conteúdo, o autor observa como a dramaturgia
e as notícias veiculadas em vídeo na internet seguem os formatos
estabelecidos pela televisão. Enquanto serviços de streaming se tornam mais
populares e investem em produções originais, as séries e documentários não
representam uma inovação em termos de linguagem, a maior mudança é como as
pessoas assistem aos programas de sua preferência.
Com um texto claro, simples
e repleto de exemplos, Wolff mostra que as previsões apocalípticas falharam.
A televisão está se adaptando à popularidade da internet e se renovando. Os
espectadores querem assistir a seus programas de TV favoritos em sites de
streaming. Séries com tramas complexas e personagens contraditórios
conquistam milhares de espectadores, tornando-se fenômenos internacionais.
Grandes eventos esportivos continuam vendendo seus direitos de transmissão
para a TV e mobilizando a audiência.
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