Desde os vinhedos de Salerno, na Itália, até a cidade
de Bauru, no interior de São Paulo, a história real daquela que foi
considerada a maior cafetina do país, Eny Cezarino, percorre os séculos XIX e
XX. Contrariando o desejo de seus pais, que a criaram para ser uma respeitada
dama e se casar bem — como se dizia antigamente —, a paulistana Eny tornou-se
a proprietária de um dos mais famosos bordéis do Brasil, que teve seu auge
entre as décadas de 1960 e 1970. Esse curioso paradoxo é contado de forma
romanceada pelo jornalista Lucius de Mello, que, com uma prosa fundamentada
em entrevistas, material iconográfico e em jornais e revistas, apresenta com
riqueza de detalhes a trajetória da “Casa da Eny” — como era conhecido o
bordel dessa famosa personagem de alcova. Belas garotas, com seus “corpos
violão”, e homens célebres, entre eles artistas, empresários, políticos e até
religiosos, circularam pelos salões, quartos e festas do endereço luxurioso e
fizeram a fama do lugar, cujo cotidiano e segredos são revelados em Eny e o
Grande Bordel Brasileiro.
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