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Resenha (67) - O Dom - Bruxos e Bruxas

O Dom - Bruxos e Bruxas

Sinopse:
Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos...
Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor...
Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas.
Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.

O Dom é o segundo livro da série Bruxos e Bruxas (Recomendamos que não leia essa resenha pois pode contar spoilers, caso não tenha lido o livro 1) do escritor James Patterson. Assim como no primeiro volume, a escrita do autor é dinâmica, rápida, sarcástica às vezes e bem balanceada entre drama e ironia.

Os capítulos do livro são intercalados entre os dois principais personagens, os irmãos Whit e Wisty, assim como no primeiro livro, porém dessa vez há algumas passagens narradas por uma terceira pessoa o que deu mais dinamismo a história e mais corpo ao universo do livro.

Apesar de seguir o mesmo padrão do primeiro livro, O Dom não agradou tanto a mim e a maioria das pessoas que andei consultando pela net. O livro não é ruim, mas é um típico segundo livro, com muitas coisas supérfluas e que pouco acrescentam a história.
 
Além disso Patterson pecou um pouco em algumas passagens que simplesmente não faziam muito sentido e que não combinavam com o estilo de leitura rápida proposto. São partes que deveriam ser mais bem explicadas ou simplesmente tiradas do livro. Porém nada disso chegou de fato a estragar a história e ‘O Dom’ vale a pena para quem gostou do primeiro livro e quer conhecer o desfecho da história pois, apesar de algumas falhas (ao meu ver é claro) a leitura segue sem dificuldade e prende a atenção do principio ao fim como é praxe da escrita do autor.

Nessa sequência os irmãos bruxos estão ainda aprendendo a lidar com seus poderes e como controlar e manipular a magia. Ao mesmo tempo são obrigados a viverem em fuga constante junto com diversas outras crianças e adolescentes que foram deixados de lado pela Nova Ordem e agora são caçados impiedosamente.

Realizando missões de resgate em centros de pesquisa humana de controle corporal e mental, Whit e Wisty irão passar por diversas situações de risco, sendo capturados inclusive e por pouco conseguindo escapar.

No meio de todo o caos, das batalhas e do medo, os jovens insurgentes tentam levar uma vida normal, inclusive realizando shows musicais e mostras de arte ou cultura, que na maioria das vezes acaba sendo alvo de espionagem e prisões por parte da NO.

Apesar de pagarem um preço alto por sua resistência ao novo regime, os dois e todos os seus recentes amigos irão continuar a luta pela liberdade, mesmo que essa acarrete na sua própria destruição ou na destruição de tudo aquilo em que acreditam.


Gostei do rumo que a história está tomando e gostei do final. Acredito que do jeito que foi montado teremos um terceiro livro melhor elaborado e com o mundo melhor explorado. Também gostei da Wisty que vem amadurecendo muito tanto em poderes como em sua personalidade.

O Whit nesse livro parecia o Junior da dupla Sandy e Junior. Estava lá, tocava uns instrumentos, mas você só consegue ouvir a voz do verdadeiro protagonista que é a Wisty. Não gostei da forma como ele tem ficado de lado. Os pontos perdidos da história que aparecem no livro, conforme citei acima, também são um ponto negativo a obra.


Trechinhos:

“Normalmente eu estaria falando de como acabei de pedir um cheeseburguer com picles, batatinhas bem crocantes e um Milk-shake. Mas hoje babo em dobro porque estou sentada com Eric, o baterista dos Bionics.”

“E quando você comeu caviar? – Whit pergunta. – Tem um monte de coisas sobre mium que você nem imagina, irmão. – Sei que as vezes você fingi que já fez coisas que só leu nos livros. – Mas não é fingimento total. Quando você lê um livro bom, meio que acaba fazendo as coisas sobre as quais leu. – Mão falem sobre livros – Byron avisa. – Vocês nem querem saber o que fazem aqui com as pessoas por causa disso.”

“Finalmente, desistem de mim. Pelo menos por enquanto. Eu me encolho como uma bolinha, tentando recuperar minha energia para quando eles voltarem. As horas intermináveis de silêncio (além das goteiras) são interrompidas por uma briga de ratos, o barulho da portinha por onde passam a comida e o tuc-tuc-tuc de um filão de pão velho e um bloco de ervilha semicongelada chegando até mim”

“Eu me viro para olhar para a Wisty. E, ali no chão, com minha irmão sentada de pernas cruzadas em frente a ela, está a fogueira mais perfeita que eu já vi, completa, com um círculo de pedras ao redor e uma pilha de lenha por perto. . “

James Patterson
Conclusão:
Se este fosse o primeiro livro da série provavelmente eu não continuaria a acompanhar a história. Mas por se tratar do segundo livro, ficou dentro do esperado e preparou o terreno para o próximo livro que acredito vai agradar tanto ou mais do que o primeiro.

Autor: James Patterson
Livro: O Dom (The Gift)
Editora: Novo Conceito (Little Brown and Company)
Ano: 2013
Páginas: 288

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