Chá de Sumiço
Sinopse:
Helen Walsh não vive um bom
momento. O trabalho como detetive particular não vai bem, o apartamento foi
tomado por falta de pagamento e um ex- namorado surge com uma proposta de
trabalho: encontrar o desaparecido músico da Laddz, a boy band do momento.
Precisando do dinheiro, ela se vê forçada a aceitar, o que causa uma confusão
em sua cabeça ao conviver com o ex e precisar acalmar o atual namorado. Ao
tentar seguir suas próprias regras, Helen será arrastada para o mundo
complexo, perigoso e glamoroso do showbiz, percebendo que seu pior inimigo
ainda está por surgir. Irresistível, comovente e muito engraçado, Chá de
sumiço é diferente de todos os romances do gênero, e a protagonista –
corajosa, vulnerável e dona de uma língua afiadíssima – é a heroína perfeita
para os novos tempos.
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Os livros da Marian Keyes
são hilários e nem de longe são somente indicados ao público feminino como
muitos leitores pensam. Este é o terceiro que leio da série Família Walsh e mais uma vez termino encantado com as
habilidades da autora para tratar do cotidiano e das dificuldades que as
pessoas enfrentam no dia-a-dia, mas sem perder o bom humor, é claro.
Com o mesmo senso crítico, a
mesma dose de humor na medida certa e mais uma história divertida e que te
prende do início ao fim, a autora consegue mais uma vez entregar ao leitor um
livro leve, divertido, de fácil compreensão, porém repleto de momentos
profundos e reflexivos. Não dá para explicar bem o quanto os livros são bons
para alguém que ainda não leu nenhum da autora, mas posso garantir que eu nunca
li um drama (acho que é o estilo que melhor se encaixa, apesar de
oficialmente ser Chick Lit) como encontrei nesses livros. E em minha opinião
Chá de Sumiço é um dos melhores, afinal se trata justamente da história de
Helen, a mais complicada e sem noção das irmãs Walsh.
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O que mais gostei no livro
foi à personalidade da Helen que é muito bem montada pela autora. Sempre
gostei da personagem e poder explorar seus problemas com a depressão e sua
personalidade autêntica e completamente sem noção de padrões sociais foi
divertidíssimo. Apesar que devo admitir que a Helen que vemos em Chá de
Sumiço não é a Helen dos outros livros. . . .
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Não gostei muito dos
personagens que a autora inseriu para dar corpo a história. Exceto pelo
desaparecido e pelo Jay Parker, os demais ficam flutuando como se esperassem
uma deixa para terminar um capitulo, mas na verdade não são lá muito
importantes. A profissão como detetive particular também é mal explorada
durante a história, poderia ser mais envolvente.
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Trechinhos:
“Olha só que ironia... Talvez
eu seja a única pessoa que conheço que não acha nem um pouco maravilhosa a
perspectiva de ir para ‘um lugar’ a fim de ‘descansar’. Vocês precisam ouvir
minha irmã Claire tagarelando a respeito disso, como se acordar certa manha e
descobrir que você está num hospital para doentes mentais fosse a experiência
mais deliciosa do mundo. “
“Como é que vai ser? – Jay
perguntou, olhando-me atentamente. – Pague-me primeiro. – Combinado! – Ele me
entregou uma pilha de notas e eu as contei. Eram dez horas de trabalho, pelo
dobro do preço, conforme prometera. – Então, agora vamos para a casa de
Wayne? – perguntou, ansioso. – Não estou a fim de arrombar a casa de ninguém.
– Algumas vezes estava. É ilegal, mas o que seria vida sem um pouco de terror
provocado por uma bela descarga de adrenalina? “
“Mamãe tem uma forte veia
dramática. É muito teatral e se agarra com unhas e dentes ao papel que
desempenha. Às vezes, quando algum caso meu se complicava, ela me ajudava a
ficar de tocaia e se empolgava bastante com o lance todo, comportando-se como
se fôssemos uma dupla de detetives em algum seriado de TV, dirigindo rápido
demais ee tomando distância para correr e arrombar portas com os ombros.”
“No instante em que chegamos
ao prédio dele, já eram quatro horas e havia acabado de amanhecer, como
acontece na Irlanda por essa época. O sol adora aparecer, vive em busca de
atenção. É como uma criança que quer porque quer participar do seriado Glee e
fica o tempo todo cantando e dançando, insinuando, sem parar: “olhem para
mim!Olhem para mim!”
“Mesmo assim, ela me irritou
tanto que decidi colocá-la na minha Lista da Pá. Escolhi a dedo o seu lugar
no ranking: determinei que ela ficaria abaixo do CD As Maravilhas do Momento
Presente e de bebedores de leite ou vino, mas estava bem acima de neve, cães,
a voz do Urso Fozzie dos Muppets, recepcionistas de consultórios médicos,
recepcionistas de cabeleireiros e cheiro de ovos fritos. O ranking da minha
Lista da Pá era bastante variável, e eu me divertia muito reorganizando-o
constantemente.”
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Conclusão:
Eu esperava um pouco mais
deste livro. Ele aborda um lado da Helen que não é o seu melhor apesar de não
tornar a história chata. Assim como os demais livros da série família Walsh,
Chá de Sumiço é certeza de diversão com uma leitura leve e um estilo original
que você só em contra na escrita de Marian Keyes.
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Autora:
Marian Keyes
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Livro: Chá de Sumiço (The mystery of Mercy Close)
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Editora: Bertrand Brasil (Penguin)
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Ano: 2013 (2012)
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Páginas: 644
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