Alameda dos Pesadelos
Sinopse:
Vívian era apenas uma mulher
solitária, com uma vida normal, presa em sua rotina sem graça, até a noite em
que presencia um acidente. A partir daí seu pesadelo começa; ela passa a ter
visões de um homem que conheceu no passado e desejava nunca mais encontrar. E
o pior: ele quer vingança. Até que ponto um pesadelo é fruto da imaginação?
Vívian descobre que o limite entre a alucinação e a realidade é tão pequeno
que a loucura está a apenas um passo de distância e o pesadelo pode estar
escondido na nossa mente, como um monstro à espreita, esperando sua chance de
despertar. E para escapar do seu horror particular, Vívian precisará entender
quais foram seus erros. E finalmente aceitar a própria culpa.
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O livro é uma narrativa em
primeira pessoa da protagonista, Vivian, uma mãe solteira de meia idade que
tem uma vida difícil e cheia de dissabores.
Em mais um dia chuvoso em
São Paulo ela cruza por um acidente de moto, com uma vitima fatal que é o
motoqueiro. Nada anormal nessa megalópole brasileira porém Vivian ainda não
sabia, mas esse acidente estaria ligado diretamente a ela.
Vivian chega em casa e no
dia seguinte seu inferno começa. Sem mais nem menos, ela começa a ser
perseguida pelo pai do seu filho e ex-namorado seu. Por mais que tente fugir
dele ele continua aparecendo e atormentando sua vida. E pior, até mesmo seu
filho, que nunca o tinha visto, passa a ter sonhos com ele.
Antes que pudesse entender
como isso podia estar acontecendo e o que ele queria, mais um golpe vem
atingir Vivian. Durante um assalto frustrado no transito ela é baleada no
peito. Ao acordar está em um local que nunca pensou que fosse possível
existir e seu Ex está lá também, esperando que ela abra os olhos para começar
a tortura e a vingança pela qual aguardou por muito tempo.
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Adorei a forma como Karen
escreveu o livro. O drama é muito bem construído e a leitura fluiu com muita
naturalidade. O fato de ser um romance espírita, mas sem doutrinar muito quem
Le também contribui, e muito, para que a leitura se torne prazerosa. O final,
sem um romance lenga lenga também me agradou bastante, principalmente por
retratar algo mais especial, algo que transcende nossa percepção terrena.
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Acho que o que menos gostei,
apesar de ter gostado do conjunto todo, foi do Gabriel, o ex de Vivian e que
passa a atormentá-la. Além dele ser praticamente um psicopata, é também o
personagem mais fraco do livro. Sabemos muito pouco dele e quase não há
diálogos com ele. De maneira alguma estraga ou diminui a história, mas eu,
particularmente, gostaria de saber mais sobre ele.
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Trechinhos:
“A vida é só um jogo,
afinal.
Essa eu aprendi com um
menino de apenas oito anos. Aliás, idade nem sempre quer dizer sabedoria...
Isso eu demorei bastante para entender. Eu não imaginava que tinha tantas
coisas para aprender.”
“Quando terminamos e
ofegantes observamos juntos o ventilador do teto, tinha sobrado o cansaço e o
medo. A púnica coisa que passava pela minha cabeça é que eu não deveria ter
feito aquilo. Não tinha sido minha primeira vez, apesar de meus pais não
desconfiarem nem por um segundo disso, mas dessa vez não tinha parecido
certo, apesar de ter sido bom. Era difícil descrever mas havia algo ali,
indiscreto, escondido e escuro, que ficava no meio de nós dois, mesmo quando
nossos corpos estavam conectados.”
“Seria possível? Será que
aquilo tudo tinha sido um sonho? A casa, a tortura, Gabriel... A alameda,
aquela mulher no final de tudo. Passei a mão pelo rosto, mas não encontrei as
minhas feridas. Era quase como se nunca tivessem estado ali. Mas em
compensação, ainda me sentia tonta e fraca. A fome e a sede continuavam muito
reais.”
“Pensar naquilo doía. Era
aquela dor de quem não pode voltar atrás, de quem gostaria muito de ter uma
máquina do tempo, mas sabe que isso não existe. A vida não era assim tão
fácil. Não se podia apagar o passado com uma borracha. A vida é escrita com
tinta de caneta permanente e tudo que se pode fazer é aproveitar as páginas
em branco para criar uma nova história dali em diante.”
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Conclusão:
Alameda dos Pesadelos me
surpreendeu. Fazia muito tempo que não lia um livro espírita, que eu adoro
por sinal, e foi muito bom ter em mãos uma obra de qualidade no gênero. O
drama criado por Karen Alvares me prendeu do começo ao fim e li o livro em
dois dias e só não foi menos porque tive alguns contratempos, mas não
conseguia largar o livro.
Recomendo para todos que
gostem de uma boa história, seja de fantasia, drama, romance ou espírita.
Valeu a pena a espera para chegar minha vez no Book Tour.
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Autora:
Karen Alvares
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Livro:
Alameda dos Pesadelos
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Editora:
Cata-Vento
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Ano: 2014
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Páginas: 265
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