Insurgente
Sinopse:
Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em
Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com
as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar
aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e
perdão, identidade e lealdade, política e amor.
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Insurgente é o segundo volume da trilogia distopia criada
por Verônica Roth e para quem acompanhou minha resenha de divergente sabe que
adorei o primeiro livro.
O livro continua exatamente da onde paramos no primeiro
volume, divergente, e segue com uma narrativa um pouco menos frenética do que
acontece no primeiro, mas não se engane, ao contrário do que é normal em
trilogias onde o segundo livro acaba ficando maçante, isso não ocorre com
insurgente.
Tris está cada vez mais impulsiva e agindo de forma
irresponsável, típico comportamento dos membros da audácia. Agora que o sistema
de facções está se desmoronando e uma guerra parece algo impossível de ser
evitado, tudo que Tris busca é o fim da erudição e principalmente de sua líder
a Jeanine, responsável pelos eventos catastróficos do primeiro livro.
No desenrolar da história é visível a evolução e
amadurecimento dos personagens. Tris tem vários momentos de reflexão sobre o
mundo que a rodeia e começa a perceber que tudo é política e que todos não
passam de peões manuseados por chefes que nem sempre são visíveis ou possíveis
de reconhecer. Tobias por outro lado, mais acostumado ao cenário político do
mundo onde vive busca alternativas e liderança para organizar o que seria uma
frágil resistência e a manutenção daquilo em que acreditam.
Algo interessante é também o relacionamento entre Quatro
e Beatrice. A autora soube levar a coisa para um lado mais natural fugindo dos
lugares comuns de livros para adolescente onde tem de existir uma menina boba, um
cara misterioso e um terceiro membro pra fechar um triangulo amoroso. Nesse livro
as personagens agem como pessoas quase normais e isso considero um ponto forte
do livro.
Não vou me estender muito para não soltar spoliers
demais. Posso dizer que o que mais
gostei foi a manutenção da história e como os fatos se desenrolaram. O final é
excelente e é tudo o que eu esperava apesar de antes não ter esperanças de que
os fatos se desenrolassem dessa maneira. Foi o melhor segundo livro de trilogia
que já li até hoje. (exceto talvez por Senhor dos Anéis as Duas Torres mas ai
não dá para comparar...rs).
O que não gostei do livro é como a Tris se comporta em
grande parte do livro. Me irritava bastante os atos que optava por realizar e
as consequências que estes tinham quase pondo tudo a perder em vários momentos.
A autora teve uma boa evolução nesse ponto no final, mas mesmo assim acho que
forçou um pouquinho.
Trechinhos:
“Começa silenciosamente, com o batimento de um coração. A
principio, não sei ao certo de quem é o coração que estou ouvindo, porque o som
é alto demais para ser o meu. Depois, percebo que realmente vem do meu coração
e está ficando cada vez mais rápido. As palmas das minhas mãos e a parte de
trás dos meus joelhos começam a acumular suor. Depois, preciso arquejar para
conseguir respirar. É ai que começam os gritos. “
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“Não sei por que atravesso as portas. Talvez seja porque
decido que, já que chegamos até aqui, não custa nada descobrir o que está
acontecendo. Mas acho que o fato é que sei o que é verdade e o que não é. Sou
Divergente, não sou uma ninguém. Ninguém está realmente “seguro”, e tenho
coisas mais importantes na minha mente do que ficar brincando de casinha com
Tobias. E parece que ele também.”
“Li em algum lugar que não há explicação cientifica para
o choro. O único propósito das lárima é lubrificar os olhos. Não há um motivo
real para as glândulas produzirem um excesso de lágrimas por causa das emoções.
Acho que choramos para liberar nosso lado aniumal, sem perder a humanidade.”
“Que foi? – Ele ri um pouco. – Todos têm um papel igual
no governo; todos se sentem igualmente responsáveis. E isso faz com que eles se
importem; isso os torna gentis. Eu acho isso lindo.”
“Como um animal selvagem, a verdade é poderoso demais
para ser mantida aprisionada.”
“Mas é claro que eu queria – digo, frustrada, mas sem
muita convicção. Será que eu realmente queria? Ou será que foi agradável
esquecer a raiva, a dor, esquecer tudo por algumas horas? – Ás vezes – diz ele,
deslizando os braços ao redor dos meus ombros -, as pessoas só querem ser
felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.”
Conclusão:
Já disse acima que foi o melhor volume intermediário que
li quando se trata de uma trilogia. Não sei se o final da trilogia será
excelente assim, mas por enquanto valeu a pena toda a leitura até aqui e
divergente tem tudo para se tornar minha trilogia distópica favorita. Se ainda
não leu divergente, saiba mais aqui e não perca tempo, de um jeito de começar a
ler!
Autora: Veronica Roth
Livro: Divergente (Divergent).
Editora: Rocco (HarperCollins Publishers)
Ano: 2013 (2012)
Páginas: 376
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