Sinopse:
O leitor irá ingressar no território dos espíritos atormentados,
impedidos de reencarnar. Muitos se enraivecem e lançam sua fúria sobre todos
que lhe chamam atenção ou cruzam seu caminho. Um detetive, por acaso,
desvenda os mistérios em torno desses espíritos, tornando-se o inimigo número
um das perigosas e assustadoras entidades.
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Pontos positivos:
Livro curto, fácil de ser lido.
A leitura é fácil e com linguagem muito comum.
A história emociona, toca o leitor.
Ambientado no Brasil, na cidade de Osasco.
História bem elaborada mesclando, fatos do dia-a-dia com o
sobrenatural.
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Pontos negativos:
Pode não agradar a pessoas sensíveis ao espiritualismo e a religião
espírita.
Não indicado a quem gosta de histórias longas ou mistérios demorados.
Há um pouco de violência que pode ofender alguns leitores.
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Trechinhos:
“- Tânio, a gente já viu muita coisa nessa vida, não é mesmo? E nesta
cidade aqui não falta acontecer mais nada. Neve caindo do nada, gente que vê
vampiros. Osasco sempre foi recheada de histórias sem pé nem cabeça, mas vou
te dizer, isso aqui tá me cheirando que entraremos na pior delas, camarada.”
"Tudo o que você faz está escrito e nunca será esquecido. Tudo o
que você faz, todos os dias, do acordar ao adormecer..."
"- Papai! Está acordado, papai? perguntou o menino,
aproximando-se da cama.
O homem ouve o pequeno ser que caminha em seu quarto. Cobre-se ainda
mais, como se um frio sobrenatural tomasse conta do lugar.
- Papai, quero conversar um pouco.
O menino caminha lentamente, aproximando-se pé ante pé do leito onde
repousa seu pai. Dá uma série de pulinhos, como se brincasse de amarelinha.
- Sabe o que eu aprendi hoje, papai? Aprendi a brincar com bolinha de
gude. Você quer me ensinar também, papai?
O menino abaixou-se e arremessou uma bolinha no assoalho. O brinquedo
de vidro rolou pelo chão de tacos, produzindo um horripilante som
fantasmagórico.
O homem estremeceu. Virou-se repentinamente, ainda deitado, deixando
apenas os olhos espiarem o quarto pela fresta que arranjou no pesado
cobertor. Aquele som. A bolinha de gude. Sim, era fantasmagórico. Era
fantasmagórico porque não deveria existir brinquedo algum ali. Não deveria
existir menino tagarela nenhum em seu quarto. Não tinha filho que pudesse
chamá-lo de papai. Tinha agora, ali, diante de seus olhos amedrontados, uma
espécie de espectro que andava, falava e saltitava amarelinha em seu quarto.
Um fantasma que o chamava de papai."
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Conclusão:
Não é o melhor
livro de Vianco mas mostra a versatilidade do autor de falar sobre temas
diversos sem fugir do terror e do suspense. Tem linguagem muito simples e
abrasileirada, o que é marca registrada do autor, e uma trama envolvente e
muito original. Um livro pequeno, nacional e que vale a pena ler.
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Autor: André
Vianco
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Livro: Sementes
no Gelo
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Editora: Novo
Século
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Ano: 2002
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Páginas: 176
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